Numa tarde de sábado ele apareceu aqui, vestia roupas confortáveis e tinha um sorriso único.
Seu cabelo preto estava penteado para trás, mas o vento trazia umas mexas de volta. Com os olhos brilhando ele sorriu para mim, puxou-me pela mão correndo e me levou até a areia da praia.
Paramos perto do arpoador e o olhei respirando pesadamente, ele riu e meu coração junto com o parou. Aquele era o sorriso mais lindo que eu já havia visto na minha vida. E eu senti a calma que ele me trazia, ao contrário de seu olhar, que já instigava meus desejos mais obscuros.
Caminhamos um pouco até encontrar uma pedra para sentarmos, o sol começava a se pôr de um lado, enquanto aves voavam preguiçosamente de outro. As ondas já mais calmas chocavam-se contra pedras e pessoas caminhavam pelo calçadão. Alheia a tudo isso, ele me olhou divertido, colocou uma mecha no meu cabelo atrás da orelha e se aproximou de mim, beijou minha testa, em seguida minha bochecha. Suspirei enquanto ele segurava minha mão.
O olhei intensamente e ele aproximou o rosto do meu, tocou minha pele e senti um leve arrepio, meu coração estava a mil, não conseguia ter pensamentos concretos e minhas mãos suavam. Sorri timidamente pra ele, enquanto o mesmo aproximava seus lábios dos meus. Por fim, depois de muita ansiedade, eles se tocaram, na mais pura essência de um beijo.
Seus lábios eram macios e seu cheio me enebriava. Aprofundamos um pouco o beijo, e em segundos nossas línguas exploravam uma à outra, descobrindo mais e mais de cada sentimento já dito.
Quando paramos o beijo, o olhei ofegante e ele sorriu, tocou meus lábios e sussurrou : ''Eu te amo'' . Apenas sorri, pois as palavras haviam fugido de mim.
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